
Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei
Paulo Coelho
Estou assistindo diversos vídeos de bookturbers, e encontrei um da Tatiana Feltrin que fala sobre os livros preferidos dela de toda a vida. Este livro estava entre eles. Como já faz anos que não lia Paulo Coelho, decidi correr atrás desse livro.
- NARRATIVA: em primeira com pessoa, sendo contada pela visão de Pilar. Em diversas passagens o autor prioriza os pensamentos dela, dando-nos a possibilidade de observar o quão ela é neurótica (ao meu ver). De resto, Paulo Coelho sempre apresenta uma linguagem cheia de ''parábolas'', muitas coisas ditas indiretamente através de exemplos, mas que são interessantes para uma reflexão do leitor, tanto que muita gente não curte o livro por pensar que ele tende a ter uma auto-ajuda de brinde.
Estou assistindo diversos vídeos de bookturbers, e encontrei um da Tatiana Feltrin que fala sobre os livros preferidos dela de toda a vida. Este livro estava entre eles. Como já faz anos que não lia Paulo Coelho, decidi correr atrás desse livro.
- NARRATIVA: em primeira com pessoa, sendo contada pela visão de Pilar. Em diversas passagens o autor prioriza os pensamentos dela, dando-nos a possibilidade de observar o quão ela é neurótica (ao meu ver). De resto, Paulo Coelho sempre apresenta uma linguagem cheia de ''parábolas'', muitas coisas ditas indiretamente através de exemplos, mas que são interessantes para uma reflexão do leitor, tanto que muita gente não curte o livro por pensar que ele tende a ter uma auto-ajuda de brinde.
- TRAMA: Pilar e o amigo de infância não se vêem há anos, mas se comunicam através de cartas. Certa vez ele a convida para assistir uma palestra que ele dará sobre a Deusa. Depois dessa palestra eles viajam juntos e ele declara que a ama. Ela é uma mulher dura que já sofreu por amor, então pretende abrir seu coração só para o homem certo. Demora uns dias, mas ela abre o coração e fala que pretende largar toda a vida dela para viver um amor com ele. Ele é seminarista e está querendo abandonar a vida dele de dons e milagres para ficar com ela, e acaba de fato fazendo isso. Quando ela fica sabendo que ele deixou a divindade de lado, ela fica chateadona e não quer saber mais dele, chora no rio Piedra e quase morre. Ele, a partir de então, fica sem dom e sem a amada, corre atrás dela e fala para eles ficarem juntos e ele tentará conseguir seu dom novamente com a Deusa. E ela fica felizona.
- ORIGINALIDADE: romance envolvendo amigos de infância. Deusa. Seminarista. São tópicos que são facilmente encontrados em livros. Talvez o ponto original de Paulo seja a forma como ele coloca tudo isso junto com a auto-ajuda e os exemplos práticos para o leitor ir se envolvendo com os obstáculos do livro, ou da vida.
- PERSONAGENS: Pilar e o seminarista amigo de infância são os grandes protagonistas, e achei eles bem entediantes. O início do livro é marcado de conversas que não vão para frente, e eles falam de amor e eu fico um tanto entediada. Como eles se amam e não conseguem ter um diálogo linear? Ok. Fora isso, falta carisma nos personagens. Pilar, para mim, é uma neurótica e um tanto controladora; quando as coisas saem um pouquinho das previsões dela ela sai correndo, quer morrer e chora. O seminarista tem a cabeça mais no lugar, mas também falta carisma.
- CLIMAX: quando certa vez Pilar acorda e ignora a Outra, dando cada vez menos lugar para pensamentos dela em sua cabeça.
- DESFECHO: li muitas resenhas que falaram que era previsível, mas eu acabei me surpreendendo, haha. Eu tava crente que ou ele ia morrer ou ia dar um pé na bunda dela. Aí ele vai lá, pede para a Deusa tirar o dom que ele tem para viver com Pilar e ela vai lá e dá xilique. Só Jesus para entender essas mulheres mesmo. Mas no fim, o seminarista vai tentar pedir o dom novamente para agradar sua amada neurótica que ter um homem ''santo''.
- DESIGN: gostei do tamanho da letra, divisão dos capítulos, ilustrações que estão presentes e a edição que eu tive em mãos achei a capa meio feia com esse bando de cascalhos.
- FRASE: tá mais para trecho. Lá vai.
''– Um sujeito encontra um velho amigo – que vive tentando acertar na vida, sem resultado. “Vou ter que dar uns trocados para ele”, pensa. Acontece que, naquela noite, descobre que seu velho amigo está rico, e veio pagar todas as dívidas que havia contraído no decorrer dos anos.
Vão até um bar que costumavam freqüentar juntos, e ele paga a bebida de todos. Quando lhe indagam a razão de tanto êxito, responde que até dias atrás estava vivendo o Outro.
– O que é o Outro? – perguntam.
– O Outro é aquele que me ensinaram a ser, mas que não sou eu. O Outro acredita que a obrigação do homem é passar a vida inteira pensando em como juntar dinheiro para não morrer de fome quando ficar velho. Tanto pensa, e tanto faz planos, que só descobre que está vivo quando seus dias na Terra estão quase terminando. Mas aí é tarde demais''
- OUTROS COMENTÁRIOS: achei o livro bom graças as reflexões que o Paulo Coelho vai deixando para o leitor. Esse exercício do Outro eu achei bem legal, eu já meio que havia pensado coisas assim antes, então vou aparando as arestas antes que seja tarde demais.
Adorei a resenha! Eu estava lendo o livro e pensando "O SEMINARISTA NEM TEM UM NOME!!!??!!?"
ResponderExcluirEsperava mais do Paulo Coelho